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domingo, 11 de dezembro de 2011

TudO e NadA

E você me vê
e me julga
vê a minha aparência e
pensa
determina
delimita
castra
abandona outras mil possibilidades
empobrece

Eu sou mil
eu sou nenhuma
eu não caibo em mim

As vezes me esqueço disso tudo
e viro o que vocês dizem que eu sou
aceito o papel
visto a carapuça
é mais facil
mas cômodo.

Mas como hoje me sinto incomodada
já antes de tudo, com a minha própria presença,
posso ser quem eu quiser.

Hoje não visto porra nenhuma.
Hoje faço o que eu quero.
Hoje posso ser feia, gorda, má, errada, estranha.

TODA NUA.

Agradeço a vida pela consciência do DEVIR.



2 comentários:

  1. Por uma porta aberta passou uma artista
    Que tinha um estranho ponto de vista
    E pintava borboletas nos corações humanos.
    Num dia comum a borboleta se abriu
    E fugiu por uma fresta da janela
    Procurando um dia se transformar em passarinho.
    Terminou sua vida, pousada numa platéia,
    Admirando o artista se matando no palco.
    Dois devir...

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  2. DoisDevir...DoisàDevir...D.D.
    Vamos democratizar... Infinitos Devir.
    Obrigada pelas palavras...

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