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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

René Magritte - Só para olhar e sentir...

Dica de Livro!!

Fernando Pessoa... que delícia de pessoa!
Mil pessoas...
Virou meu amigo, meu parceiro.
Tão amigo que chegamos a brigar.
Nesse momento faço as pazes com ele!
Seus poemas e poesias mexiam tanto comigo, que por um tempo, tive que o deixar de lado.
Mas trago-o de volta a ativa em minha vida.
E recomendo a sua sensibilidade para todos... sem restrições.

Um fato muito interessante dessa obra é que ela esconde os heterônimos de Fernando Pessoa. Os poemas não são assinados. Acredito que por isso nos aproximamos tanto dele.
Mil vezes o vi em seu quarto sofrendo e escrevendo tudo que eu li aqui.

Abaixo um trecho da orelha do livro:
"É uma seleção não acadêmica, dos poemas incontornáveis do mestre português - aqueles que o tempo não apagou, que ainda despertam emoção e empatia no homem contemporâneo."
Neste livro encontramos: "Tabacaria"; "Tanto mar"; Autopsicografia", entre inúmeras outras delícias...

Uma das frases que mais amo de todo o livro e que escrevi no espelho do meu quarto:

"Sou um doido que estranha a sua própria alma." - Fernando Pessoa.

Quando Fui Outro - Fernando Pessoa
Editora: Alfaguara
Organizador: Luiz Ruffato.

Escrevo Porque...

Escrevo porque...
Escrevo porque preciso
Porque não caibo em mim
Escrevo porque preciso transbordar
Preciso expelir
Entender a pele da alma
Interior
Desconhecida
Oculta
Mas que cisma em me cutucar
Ela me incomoda
De dentro para fora
Como um bebê que chuta a barriga de sua mãe

Minha alma me chuta
Me dá socos e pontapés
Quer por que quer se manifestar
Eu escrevo porque a minha alma manda em mim.

(Poema escrito em 30.08.11)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Teaser de Divulgação da Peça "Entre Dois Pares de Olhos"

Entre Dois Pares De Olhos - Cartaz

Ficha Técninca:
Proponente: Larissa Campos Ribeiro
Direção: Iuri Dória e Tatiana Bokel
Elenco: Etiene Mascarenhas e Larissa Ribeiro
Som: Tatiana Bokel
Sonoplastia: Pedro Poema e Guilherme Trindade
Luz: Iuri Dória
Figurino: Ticiana Passos
Cenário: Etiene Mascarenhas, Larisssa Ribeiro e Tatiana Bokel
Identidade Visual da Peça: Larissa Ribeiro
Contra-regra: Peter Guimarães
Arte do Cartaz: Jésica Perez

A Proposta do Blog

Toda semana quero trazer para o Blog uma experiência artística que eu, ou que algum amigo meu tenha vivido. Aqui será o lugar aonde falaremos e discutiremos filosóficamente (ou não) sobre essas experiências,
as quais podem ser ligadas a qualquer área artística.
Pode ser um filme, um livro, uma peça, uma música, um show, uma exposição, uma obra de artes plásticas, enfim, tudo que venha a mexer com as nossas cabecinhas e almas em conflito.
Espero ter muitos convidados ilustres para compartilhar com o mundo cibernético suas questões, angústias, alegrias, amores... tudo remexido e trazido por alguma obra - fruto sensível da alma de um outro.
Também teremos muito espaço, se não infinito, para poemas, letras de músicas, devaneios, espirros, vômitos, transbordamentos, palavras, palavras, palavras...
Como teimosos que somos, insistimos em compô-las, apesar de sabermos que elas nunca darão conta do que queremos dizer.
Merda para nós!

Entre Dois Pares De Olhos

Como tudo começou...
Sempre gostei de escrever, até entrar na faculdade de Jornalismo e passar a odiar escrever.
Tudo tinha que ser muito certo, muito simétrico, muito medido. Não era pra mim, pelo menos não naquele momento.
Me encontrava caótica. Tentava exprimir algo de uma forma que nem eu sabia que existia. Naquele momento não cabia em mim normas, regras, arestas, delimitações.
Um dia li um livro, não me lembro agora seu título, mas o autor sim. Botika. O vocalista da banda deliciosamente safada e carioca Os Outros.
O sujeito simplesmente não usa pontuação e muito menos respeita regras gramaticais.
Um paraíso literário orgársmico frenético entorpe.
Senti a liberdade.
Descobri que podia escrever da forma que quisesse e parti para a ativa.
Nesse momento, já havia me formado em Jornalismo, e cursava minha segunda faculdade. Teatro. Ainda curso, por sinal.
Resolvi escrever, transbordar (palavra que vocês verão muito por aqui) todas as minhas angústias no papel.
Escrevi a peça Entre Dois Pares de Olhos.
Ganhei o PROJETO INCUBADEIRA, realizado pela minha faculdade UniverCidade, e tive a oportunidade e o prazer de encenar a minha peça por duas semanas.
Foi horrível e maravilhoso; angustiante e libertador; paralizador e motivador; medo e euforia; desejo e estudo.
A partir de então, vi que tinha sim a capacidade de escrever, e pelo visto peguei gosto pela coisa... daí mil poemas, daí o blog... daí Entre Vários Pares de Olhos.
Vamo que vamo!!